Devido a minha imensa cara de pau, postarei agora, depois de meses ausente (e isso inclue todos os supostos participantes desse blog), uma parte da minha lista de filmes das férias. E acreditem, eu escrevi alguma coisa sobre alguns deles. E não, não vou colocar o nome dos diretores na frente. Ponto final.
Ripley no Limite - 3/5
Baseado ou extremamente pouco baseado no segundo livro da série Ripliad aka "A série que narra as peripécias classudas e sanguinárias de Tom Ripley", Ripley Underground/Ripley Subterrâneo, escrita por Patricia Highsmith (conhecida pelos seus romances policiais e por supostamente ser lésbica), o filme apresenta uma dinâmica modernosa de assassinatos, fraudes e romance. Estranhamente, a realização traz consigo algo do clima/tom dos romances da série: uma tensão constante, uma instabilidade flutuante que parece perseguir Ripley. Um Barry Pepper bizarramente magrelo interpreta um Tom Ripley ciente de sua a(i)moralidade e preocupado apenas em não ser pego (e conquistar seu amor) sem transparecer hesitação. Já a partir daqui, fica claro que filme e livro tomam caminhos distintos. Na série, Tom Ripley possui uma natureza ambígua e insegura, apesar de calcular as medidas e consequências de seus passos. E quando eles não aconteçam como foi premeditado, ele improvisa elegantemente. Além disso, sua namorada, que logo no fim do filme se torna esposa (ó, estraguei a surpesa?!), jamais foi cúmplice, nos romances, dos atos de Ripley. Já no filme, tem-se de fato uma aliança criminosa entre marido e mulher, metaforicamente (ou nem tanto) representada pelas alianças que trocam no casamento. De fato, cada uma fora roubada de corpos/cadáveres distintos.Em suma, Ripley no Limite foge do rótulo da "adaptação como tentativa de cópia da origem", acrescentando elementos novos e dando um tom contemporâneo "jovem" (fácil de identificar pelo modo como as cenas no museu, ou algo do gênero, são representadas) e rápido a trama. E há a interessante atenção dada aos símbolos/icônes representados pela planta que Ripley cultiva e as alianças, como também os mínimos detalhes que ligam ele aos crimes e a coerência do roteiro em relação a Heloise (namorada/esposa de Ripley) por torná-la cúmplice dele.O filme emprega elementos do livro e os retrabalha: a maioria dos personagens e o tom utilizado evidentemente são inseridos em outro contexto que talvez devam ferir o romance de Patricia Highsmith. Porém, se considerá-lo como obra completa e passível de interpretações, o filme sai ileso e minha pequena análise também.
A pele - 3/5
Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado - 2,5/5
Julietta dos Espirítos - 2/5
Donnie Darko - 3/5
Bee Movie - 3,5/5
O Corte - 2,5/5
Geração Prozac - 3,5/5
A Conquista da Liberdade - 2/5
Cold Moutain - 2,5/5
E aí, meu irmão, cade você? - 3/5
O amor nos tempos do Cólera - 2/5
Paris, Texas - 3/5
O Hospedeiro - 3,5/5
Demencia 13 - 3/5
Alpha Dog - 3,5/5
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